Deixa o verão para mais tarde, foi o nome que ele deu ao nosso caso. Como se um dia pudéssemos chamar de caso todo o abismo que existe entre nós dois.
Nem eu e nem ele gostamos de Los Hermanos tanto assim e para mim fica óbvio o oculto que existe entre aquilo que não gostamos, entre aquilo que não admitimos que gostamos e tudo aquilo que vamos sempre negar. No nosso caso, nós dois. Uma espécie de ressaca emocional de tudo que poderia ter sido e não foi.
Nem eu e nem ele gostamos de Los Hermanos tanto assim e para mim fica óbvio o oculto que existe entre aquilo que não gostamos, entre aquilo que não admitimos que gostamos e tudo aquilo que vamos sempre negar. No nosso caso, nós dois. Uma espécie de ressaca emocional de tudo que poderia ter sido e não foi.
Esse encontro marcado com o passado que parece que nunca pode ficar para depois, quando na verdade o depois é sempre nossa meta maior. Nosso diálogo e conclusão entre o sim e o não e tudo que existe entre o submundo desses dois mundos lacrados dentro de nós. Ele nunca foi tudo que os outros pensavam. Mas sempre foi tudo que eu o sabia ser. E, para ser sincera, continua sendo. Não à margem e nem barreira. Seu rio leva ao mar e tem direção e norte certo. Fez matemática e falava inglês fluente enquanto eu era só mesmo uma pirralha que pensava grande. Hoje ele compara meus textos à de uma publicitária bem relacionada com o mundo dos moderninhos e diz que eu falo como ela.
Me dá ciúmes e sinto raiva. Porque ele sabe tudo que sou e que poderia ter sido e não tem o direito de me comparar a essa outra tal. E o pior é que enquanto digo isso a frase: ele sabe de tudo que eu poderia ter sido é mais decadente e honesta que nós dois mesmo, de verdade, no pano de fundo da nossa história que na verdade nunca subiu ao palco. Por agora andamos assim, por aí, meio que a buscar o amago de nós dois no mundo à nossa volta. Nas coisas concretas e reais que aprendemos a chamar pelo nome. Sentimos vergonha do sentimento desmascarado e ousado que vez por outra tentamos encontrar de novo e chamar de nosso. Mesmo que em outras pessoas, com outras caras e outros nomes. Mesmo que pra dar razão aquilo tudo que nunca entendemos. Mas que amamos incondicionalmente e que temos o maior orgulho de chamar de nosso. Com todo o adiamento que a palavra amanhã pode trazer e com toda a misericórdia daquilo que sabemos por nós mesmo que não será jamais e que não temos mais coragem para admitir. Porque o ontem vai nos perseguir para sempre e o que sabemos que somos dentro de nós mesmo é nosso maior orgulho e também tudo aquilo que trazemos quando queremos deixar o inverno passar.
Me dá ciúmes e sinto raiva. Porque ele sabe tudo que sou e que poderia ter sido e não tem o direito de me comparar a essa outra tal. E o pior é que enquanto digo isso a frase: ele sabe de tudo que eu poderia ter sido é mais decadente e honesta que nós dois mesmo, de verdade, no pano de fundo da nossa história que na verdade nunca subiu ao palco. Por agora andamos assim, por aí, meio que a buscar o amago de nós dois no mundo à nossa volta. Nas coisas concretas e reais que aprendemos a chamar pelo nome. Sentimos vergonha do sentimento desmascarado e ousado que vez por outra tentamos encontrar de novo e chamar de nosso. Mesmo que em outras pessoas, com outras caras e outros nomes. Mesmo que pra dar razão aquilo tudo que nunca entendemos. Mas que amamos incondicionalmente e que temos o maior orgulho de chamar de nosso. Com todo o adiamento que a palavra amanhã pode trazer e com toda a misericórdia daquilo que sabemos por nós mesmo que não será jamais e que não temos mais coragem para admitir. Porque o ontem vai nos perseguir para sempre e o que sabemos que somos dentro de nós mesmo é nosso maior orgulho e também tudo aquilo que trazemos quando queremos deixar o inverno passar.
O que importa é que a gente se ama pelo tudo que somos de verdade e não pelo o que o nosso próximo - nem sempre tão próximo assim - espera de nós. E se é pra sempre, amor não mente jamais. É amor de verdade e por ele, valeu todas a batalhas que travamos e não vencemos e o medo que deixou tudo para depois. Pois nossa maior qualidade é sabermos admitir nossa minoria diante desse, que de tão grande, tão perplexo, nos causa medo mas também devoção e gratidão.