A polêmica da pluralidade de pensamentos e idéias que habitam o caos do meu universo particular à procura de extravazar o sentido do meu eu e achar um leitor comum à minha idéia no mundo virtual. A quem eu faça bem.
Cabeças Trocadas
Amiga, Amiga, Amiga.
Você precisa ler Cabeças Trocadas do Thomas Mann. Não dar pra ter tudo que a gente espera de um homem em um só corpo. Ou você escolhe a cabeça ou escolhe o corpo. Vai ser muito mais difícil encontrar um que tenha o corpo são e a mente sã. Além disso, os que tem ou estão casados, ou são gays, ou são evangélicos (e não bebem) ou já morreram.
Entre o sim e o não, entre dito e o não dito: melhor prestar atenção nas placas que estão na contra-mão. Se o aviso diz “DESISTA”. É melhor confiar nesta indicação e dá meia-volta com seu carrinho de mão e entrar nos eixos, tomando a direção que a vida dá. Não adianta nada bater cabeça, fazer birra, chorar o leite derramado pois Inês é morta e o caminho é fadado ao fracasso. Saia dessa, supere a alma, esqueça a mente e o presente-passado. Os prazeres da carne é a única coisa que resta aos mortais. Delicie-se já.
Um beijo BOBOCA.
Lelê
Proposta mais que decente!
Carta Aberta ao Gerald Thomas.
Gerald,
você esteve por aqui, deixou um recado e não vejo os milhos no chão para te encontrar. Sem pistas ou email a seguir... fica o apelo:
Vamos escrever uma peça juntos? Vamos fazer arte? Literatura? Escrever a quatro mãos qualquer coisa que valha a pena, mesmo que não valha a pena?
Paz, doces loucuras, calientes desilusões, beijos e muita literatura para salvar-se de si do mundo a nossa volta são meus votos de um feliz tudo que recomeça...
Helena (Rios) Angel.
Sem Culpa
Às vezes, eu escrevo distante do meu coração. Talvez pra escrever bonito ou somente para preservar as pequenas dádivas que guardo dentro do peito.
Mas hoje eu vou abrir o peito e declarar meu amor ao meu mestre maior que mudou minha vida, minha cabeça, meu mudo e minha profissão.
Ariano Suassuana.
Os amigos já estão de saco cheio de saber e nem aguentam mais me ouvir falar dele. Mas a verdade é que eu amo O ARIANO. Sua cultura afiada, sua mente afiada, sua inteligência afiada, sua escrita afiada, sua teimosia afiada, suas idéias afiadas, seu respeito por si mesmo afiado. Sua grandeza, sua generosidade e sua experiência. Talvez eu não tivesse me formado em jornalismo se, aos 17 anos de idade e escritora mirim do Diário de Pernambuco (o Jornal mais antigo em circulação na América Latina), não tivesse entrado no gabinete do secretário de cultura do estado de Pernambuco para entrevistá-lo.
Eu – Senhor Ariano, o senhor não acha que é muito radical dizer que o Paulo Coelho é um péssimo escritor?
Ariano – Não. Não acho não. Você ainda é muito nova, mas antes do Paulo Coelho falar as besteiras que ele tenta escrever, o Malba Tahan já fazia isso há muito tempo e com muita mais vigor, sabedoria e boa escrita. Mas você com certeza não conhece o Malban Tahan.
Eu – Claro que conheço ele escreveu O HOMEM QUE CALCULAVA. Mas me diga Ariano, o Senhor já leu um livro do Paulo Coelho?
Ariano – Não consegui passar da página número 7 (a primeira como todo mundo sabe!), porque ele escreve muito mal e comete crimes a língua portuguesa dos quais eu sou incapaz de perdoar.
Eu – Então o senhor não acha que é meio um Dom Quixote de uma causa perdida? Afinal, o Paulo Coelho hoje é bastante conhecido. E o senhor ganhou só um prêmio em Portugal, esse ano.
Ariano – Mas quem disse que eu quero ser conhecido? Se eu quisesse teria vendido os direitos do Auto da Compadecida a tv Globo, nos 80, quando ela tinha um contrato com a MBG/Ariola para fazer do meu livro uma novela. Eu deixei. Onde já se viu colocar música internacional no meu Chicó? Não pode. Não deixei e não deixo.
Eu – Então, o Senhor prefere ser lido por 1000 pessoas no estado de Pernambuco do que ver seu nome aparencendo nos créditos da novela das 8?
Ariano – Prefiro, eu sou nordestino. Ou as coisas são do meu jeito ou não são. Quem já se viu colocar aqueles atores cariocas fazendo sotaque de nordestino? Não deixo e pronto. Sabe de uma coisa, eu vou lhe dizer uma coisa - na minha cabeça o mundo dividi-se em duas partes: uma dos que concordam comigo e a outra dos equivocados. Você conhece meus textos?
Eu - Sim, eu fui na peça do Auto da Compadecida lá no teatro Valdemar de Oliveira e depois tive que ler o santo e a porca para um trabalho do colégio.
Ariano – E você gostou?
Eu – Sim.
Ariano: Então pronto. Eu já tô feliz. Minha mulher diz que tudo que eu escrevo é maravilhoso. Mas você nem me conhece. Viu só. Eu fico vaidoso já em excesso.
Está aí uma pequena parte do que foram aquelas 6 horas que eu passei naquele gabinete que ficava à frente do Rio Capibaribe. Eu saí daquela sala encantada com a aula de cultura, a graça e a generosidade de Ariano. Aquele que, em uma tarde, me fez orgulhosa do meu mundo, da minha geografia, do meu sotaque e da minha gente.
Corri pra casa, devorei todos os livros do Ariano e passei a ir a todas as suas aulas espetáculos (todas que pude comparecer). Ainda é incrível encontrá-lo. Ele é simplesmente o máximo. Faz mais ou menos 3 anos que eu o vi naquele shopping que era de decoração e que virou point do Leblon, Rio Design. Eu estava sentada esperando uma mesa em frente ao gula-gula e ele vinha descendo as escadas rolantes.
Dei um salto e um berro: MESTRE!!!!!!! Beijei sua mão e a de sua esposa, pedi benção aos dois e foi jantar feliz da vida.
Eu tenho o maior amor do mundo por este mestre. Ops. Mestre - com letra maiúscula.
Nota da Autora.
1 – durante a minha entrevista, eu era uma garota mimada que se achava o máximo por atacar o Ariano. Eu só reproduzi o que eu ouvi sobre ele durante minha pesquisa de campo antes de entrevistá-lo. Em outras palavras, uma babaca.
2 – O Auto da Compadecida só chegou à tv brasileira 4 anos depois desse encontro. Com muitos atores pernambucanos, nenhuma música internacional e um acordo entre Ariano, Guel Arraes e Luiz Fernando, na casa do Ariano, enquanto ele tomava sua sopa no jantar (que é sempre servido às 6 da tarde): - Alguém naquela mesa ia ter que ceder e claro não seria o Ariano.
3 – Todos os meus livros do Ariano são autográfados e no colégio, eu fui convidada a homenageá-lo com uma poesia de minha autoria.
4 - Fotos do Peramblogando.
Melamed - Do pão de queijo ao satélite
Quem não conhece o Melamed ou o conhece da televisão é um retardado.
Sério.
O cara escreveu coisas incríveis. Para você ter ideia o Gerald Thomas é fã do cara. Se você não gosta do Thomas, assim como do Woody Alen por causa da vida pessoal destes dois gênios, você tem problemas mentais, literalmente. O que esses caras fazem com a vida pessoal deles é problema deles, cacete!
Agora, o que eles transformam em arte é ponto pra gente. E a gente tem mais que celebrar ou optar simplesmente a “passar por essa vida e não viver” – se essa não for sua escolha, corra pra livraria e compre o livro do Melamed “Regurgitoforgia” – FODA. Eu vi essa peça três vezes naquele teatro pequenino da Cândido Mendez, na Joana Angélica, em Ipanema (aliás, esse teatro é uma peróla, só tem coisa boa passando por lá), com o próprio Melamed recitando as doideiras de sua cabeça e me deixando louca, minha vontade era de pular naquela arena e beijá-lo na boca, mas me controlei (embora não deveria) e depois saí dali com a ideia de ao invés de comer Caetano (como Pediu a Adriana Calcanhoto), devíamos regurgitar Molamed – completamente. Comê-lo inteiro, vomitar, pegar a parte boa (tudo) e botar pra dentro novamente. O cara que quer fazer do pão de queijo ao satélite merece não sou o nosso respeito como também o nosso aplauso.
Se for muito difícil assimilar o conceito, então façamos classes de Molamed. Quero ele nas escolas, nas faculdades, nas aulas de Marketing. Vamos esquecer a geração COCA-(cola), vamos reaprender a gostar do que realmente importa. Vamos nos reinventar. Nos descobrir. Nos aceitar. Vamos parir um novo mundo para meditar. Para usufruir. Vamos nos perguntar, disassociar o que está aí. Confundir e desconfundir. E depois, viver.
Agora, o que eles transformam em arte é ponto pra gente. E a gente tem mais que celebrar ou optar simplesmente a “passar por essa vida e não viver” – se essa não for sua escolha, corra pra livraria e compre o livro do Melamed “Regurgitoforgia” – FODA. Eu vi essa peça três vezes naquele teatro pequenino da Cândido Mendez, na Joana Angélica, em Ipanema (aliás, esse teatro é uma peróla, só tem coisa boa passando por lá), com o próprio Melamed recitando as doideiras de sua cabeça e me deixando louca, minha vontade era de pular naquela arena e beijá-lo na boca, mas me controlei (embora não deveria) e depois saí dali com a ideia de ao invés de comer Caetano (como Pediu a Adriana Calcanhoto), devíamos regurgitar Molamed – completamente. Comê-lo inteiro, vomitar, pegar a parte boa (tudo) e botar pra dentro novamente. O cara que quer fazer do pão de queijo ao satélite merece não sou o nosso respeito como também o nosso aplauso.
Se for muito difícil assimilar o conceito, então façamos classes de Molamed. Quero ele nas escolas, nas faculdades, nas aulas de Marketing. Vamos esquecer a geração COCA-(cola), vamos reaprender a gostar do que realmente importa. Vamos nos reinventar. Nos descobrir. Nos aceitar. Vamos parir um novo mundo para meditar. Para usufruir. Vamos nos perguntar, disassociar o que está aí. Confundir e desconfundir. E depois, viver.
Açaí e daí?
Estava lendo na Veja a crônica do Tony Belloto desta semana sobre açaí, o pau comendo no Alemão e ele falando que Açaí em Ipanema é uma invenção carioca dos anos 80 e que em Belém do Pará Açaí é salgado. Isso tudo não teria a menor importância se eu não estivesse morando nos States. Isto porque não poderia dividir com vocês a febre que essa frutinha mágica se tornou na terra do Tio Sam. Tudo que eu sempre soube sobre açaí é que esta fruta é ricamente calórica e que deve ser consumida com moderação. Não é à toa que todo bombado de academia no Rio pede uma tigela de açaí sem peso de consciência depois de malhar 3 horas seguidas.
Porém, aqui nos EUA, esta fruta passou a ser comercializada como uma importante aliada na perda de peso. ISSO MESMO. Açaí aqui é pra emagrecer e está em todos os produtos. Vocês não podem imaginar. Todo mundo fala de açaí como se esta fosse a receita mágica das brasileiras gostosas que aparecem na televisão ou nos desfiles da Victoria Secrets. Aqui aliás, dieta e pílula para emagrecer é febre. Nunca vi tanto anúncio disso na vida. Aí em cima estão algumas imagens que ilustram o que eu tô falando sobre o açaí dietético – e daí que não existe nada mais patético.
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