Zanga








Ele disse que era amor.

Não ligou para eu não sofrer.

Disse que era amor,

Quando parou de me procurar e tentou me esquecer.

Contou aos amigos – entre uma cerveja e outra – que ainda pensava em me procurar.

Mas homem quando quer, não dá recado, nem manda chamar o amor esquecido.

Homem quando ama, chama, procura, telefona.

Ele disse que o amor ainda dura.

Para mim passou da validade.

Quando não se faz mais loucuras não é por culpa  da responsabilidade.

É a falta de adrelina na espinha.

Falta de sonhar apertado.

De dormir abraçado (de conchinha).
Quero acordar ouvindo seu piano entrar pelo quarto.

Quero o cheiro do meu nespresso pelos quatro cantos do nosso mundo.

Andar nua pelo país de nossa casa.

Restringir a faixa de gaza aos nossos medos e sonhos e reverter a política interna das nossas medidas.

Quero ser a dona do seu nariz e não entender nada de pareceria.

Quero ser feliz acima de nós dois desde que você tenha um sorriso no rosto.

Uma idéia na cabeça. Uma canção no coração.

E um ticket para mudarmos de vida.

Passagem de ida e volta para o mistério de se encontrar e viver a vida.


Um comentário:

André Debevc disse...

profundo e visual, como a maioria dos seus escritos.

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